Futebol é eficiência, num conjunto de requisitos: talentos individuais, preparo físico, experiência, oportunidades, tática e entrega. Se a França, no jogo de hoje, teve vantagem no conjunto destes requisitos, que rendeu a vitória por 4 a 2 e o 2º título mundial, é incrível como, raras vezes numa final, o time que perdeu fica com um registro para a história, pelo conjunto da obra conduzida durante todo o Mundial que, me perdoem os franceses, é da Croácia.
O jogo deste domingo mostrou a Croácia com a mesma entrega dos jogos anteriores, claro que com um cansaço maior, pelo número de prorrogações que passou, 3 no total, praticamente resultando num jogo a mais do que a França. Mesmo assim, a Croácia procurou muito mais o jogo, envolvente, especialmente para quem gosta do futebol agressivo no sentido de procurar o gol, com toques verticais, para frente, procurando o tempo inteiro aquilo que é a máxima do futebol, o gol. A França, no quesito resultado final, foi mais eficiente e, como dissemos, futebol é eficiência. Nós, brasileiros, devemos lembrar de 1994, na final da Copa dos Estados Unidos, que vencemos por um futebol pragmático, sem show, mas eficiente.
Os números da final de hoje: 15 finalizações da Croácia, apenas 3 no gol; 8 da França, 6 no gol. 61% de posse de bola da Croácia contra 39% da França. 83% de passes certos da Croácia contra 74% da França. 13 Faltas da Croácia, 1 cartão amarelo, contra 14 de França, 2 cartões amarelos. Resultado que mostra a eficiência da França e o jogo limpo da Croácia, com procura total do gol.
A França venceu a Copa, assim é o Esporte, sempre tem a vitória e a derrota.
Mas este Mundial é da Croácia. Para quem gosta de futebol com estilo, e não simplesmente resultado, fico com o futebol croata.